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Dicas

Gravidez e Sono: uma relação difícil, por Marta Fradinho

Para a maioria das mulheres, a gravidez é uma fase de alegria e expectativa. No entanto, é também um período em que o sono está alterado, podendo traduzir-se por um sono não reparador mesmo em mulheres que nunca tiveram problemas. Simultaneamente, muitas delas sentem-se extremamente cansadas, sendo este cansaço mais notório durante o 1º e 3º trimestres da gravidez. Estas alterações do sono e maior cansaço devem-se, em parte, às alterações hormonais que podem explicar a sonolência diurna excessiva principalmente durante o 1º trimestre.

Os principais distúrbios do sono na gravidez estão relacionados com as seguintes situações:

  • INSÓNIA: traduz-se pela dificuldade em adormecer, permanecer a noite acordada ou acordar demasiado cedo, podendo surgir associada a alterações emocionais e ansiedade relacionadas com o parto, a preocupação de conciliar a maternidade e a atividade laboral e alterações que possam surgir na sua relação com o parceiro, principalmente nas “mães de 1ª viagem”.
  • DESPERTARES FREQUENTES: as náuseas, dores lombares e os movimentos fetais são causas de desconforto durante a gravidez, assim como a presença de sonhos vividos e o aumento da frequência de idas à casa de banho durante a noite interferindo com a qualidade do sono.
  • DOENÇA DE REFLUXO GASTROESOFÁGICO: mais conhecida por azia, é considerada normal durante a gravidez, podendo as queixas surgir logo no início em consequência das alterações hormonais que condicionam relaxamento do esfincter esofágico e mais tardiamente relacionadas com a pressão exercida pelo útero. No entanto, as queixas noturnas podem ser muito incomodativas e interferir com o sono.
  • SÍNDROME DE PERNAS INQUIETAS: caracteriza-se por um desconforto nas pernas descrito como sensação de ardor, formigueiro e dor que agrava durante a noite ou antes de deitar e que pode aliviar com os movimentos, nomeadamente com a marcha e mexer/esticar as pernas. Está muitas vezes relacionada com o défice de ferro e/ou ácido fólico daí que a sua suplementação deva ser considerada logo no período pré-concecional.
  • RONCOPATIA (ressonar) E APNEIA DO SONO: o ressonar pode dever-se ao relaxamento muscular devido às alterações hormonais, ao aumento de peso e à obstrução nasal muito frequente durante a gravidez (rinite da grávida). A apneia do sono corresponde a pausas respiratórias noturnas associadas ao ressonar e sensação de engasgamento durante a noite. Mulheres com excesso de peso ou obesidade prévia à gravidez, que aumentam de peso durante a gravidez e que referem ressonar devem ser avaliadas para excluir apneia do sono.

O tratamento destas perturbações do sono consiste essencialmente em medidas de higiene do sono e terapêuticas comportamentais, devendo ser evitado tratamento farmacológico sempre que possível tendo em conta os eventuais riscos para o bebé de alguns fármacos.

  • A não ser que exista contraindicação médica, as grávidas devem cumprir pelo menos 30 minutos de exercício físico por dia, preferencialmente 4-6h antes de dormir.
  • Tentar fazer sestas durante o dia, evitando-as a partir de meio da tarde
  • Tentar deitar e levantar todos os dias à mesma hora, estabelecendo uma rotina diária, evitar TV, telemóveis, tablets, jogos de vídeo pelo menos 1h antes de ir dormir porque estes dispositivos têm efeito estimulante.
  • Manter o ambiente do quarto confortável, fresco, escuro e sossegado.
  • Tentar assumir posições confortáveis para dormir, colocando almofadas entre os joelhos, debaixo da barriga e atrás das costas. A tensão mamária pode também tornar-se desconfortável, podendo o uso de soutiens confortáveis ser benéfico. Preferencialmente, a posição de dormir deve ser para o lado esquerdo, de forma a melhorar a circulação de sangue e nutrientes para o bebé, para o útero e rins, devendo sempre que possível ser evitada a posição de barriga para cima principalmente a partir do 3º trimestre.
  • Reforçar a ingestão de água durante o dia mas limitá-la nas horas antes de dormir (a partir das 17-19h). Colocar uma luz de presença na casa de banho de forma a evitar acender a luz de cada vez que se levantar e facilitar voltar a adormecer.
  • Evitar comidas muito condimentadas, ácidas ou fritas, assim como cafeína e nicotina, tentando cumprir uma dieta polifraccionada, ou seja, várias vezes por dia e menos de cada vez. Em caso de azia, a elevação da cabeceira da cama, dormir com várias almofadas ou a toma de antiácidos pode melhorar as queixas.
  • Em caso de dificuldade em adormecer, evitar permanecer na cama, praticar atividades relaxantes como ler um livro, tricotar/bordar/fazer malha, fazer palavras cruzadas, tomar um banho morno e relaxante ou eventualmente partilhar com o parceiro os seus sentimentos e preocupações.

Uma boa noite de sono pode tornar-se ainda mais dificil após o nascimento do bebé, daí que seja fundamental para as grávidas fazer do sono uma prioridade e encontrar estratégias eficazes para resolver os seus problemas de sono tão precocemente quanto possível.

Marta Fradinho

Parto

Como saber se está a entrar em trabalho de…

Os primeiros sinais de trabalho de parto, (ou melhor as contrações), deveriam aparecer, apenas, após as 37 semanas de gravidez. No entanto, e muitas vezes associadas à falta de água, infeções, excesso de trabalho, etc, aparecem muito antes… Por esse motivo é importante que a grávida saiba reconhecer o que são contrações, para rapidamente recorrer ao seu enfermeiro obstetra, médico ou ao serviço de urgência obstétrica.

Mas afinal, o que é uma contração?

A maioria das grávidas costuma ter receio de chegar ao final da gravidez e não conseguir perceber o que é uma contração. Mas não se preocupem com isso, pois quando aparecerem vão perceber muito bem o que é, (e vão arrepender-se de alguma vez terem colocado isso em dúvida, vão ver).

Uma contração será algo parecido com uma dor menstrual, pois também é uma contração. Mas, a diferença é que a dor menstrual acontece num útero com cerca de 50 gr e 8 a 10 cm de tamanho e uma contração, acontece num útero dez vezes maior.

E as mulheres que nunca tiveram dores menstruais? Sim, estas também vão sentir o que são contrações.

Se o trabalho de parto acontecer de forma natural, as primeiras contrações terão níveis de dor graduais. Isto é, não serão muito dolorosas no início, mas vão intensificar-se no final. (Um pouco como se de um atleta se tratasse… um atleta de alta competição, que faz os seus treinos de forma progressiva, até ao dia da prova final, em que o esforço físico e o nível de exigência da prova é muito grande).

Se possível, o trabalho de parto, começará de forma natural, devagar, ao seu ritmo, até atingir a sua intensidade máxima e permitir o nascimento do bebé. Ou seja, a barriga da grávida começa por ficar apenas dura – contração – e mais tarde, (por vezes muitas horas ou até dias), além da rigidez, poderá sentir algum desconforto na parte da frente e/ou costas, até serem mais dolorosas. Um processo que requer muita paciência e, sobretudo, saber esperar, seja em casa ou já na maternidade.

Vamos lá perceber então todo o processo…

Normalmente, a contração tem início num dos cantos superiores do útero, designado como zona ou região cornual do útero, espalhando-se de forma gradual ao longo de toda a sua dimensão. E é fantástico perceber que no corpo de qualquer mulher existe um órgão com uma tecnologia tão boa como esta, que permite que, após cada contração o seu tamanho diminua (por ação das fibras musculares) até ao momento em que o bebé é expulso do seu interior.

Durante todo este processo a grávida sente a barriga completamente dura, seguida de dor. Uma das formas que existe para se perceber melhor o que é uma contração, consiste em dividir virtualmente a barriga em quatro quadrantes e, com o dedo indicador, comprimir cada um dos quadrantes ao meio. Quando for uma contração, os 4 quadrantes estão todos duros, ou seja, contraídos.

Agora é só saber esperar que as contrações sejam fortes, com duração de 60 segundos e com intervalo de 3 a 5 minutos, durante 1 hora.

Relembro mais uma vez, que estas dicas só se aplicam quando a grávida tem 37 semanas ou mais, o bebé está de cabeça para baixo e a bolsa de águas intacta.

Perda do rolhão mucoso

A perda do rolhão mucoso não é considerada nem pode ser um sinal de verdadeiro trabalho de parto. Pode sair umas horas, uns dias ou umas semanas antes do bebé nascer e, devido a esta incerteza, não se considera um sinal de trabalho de parto e, muito menos um motivo de ida à urgência obstétrica.

O que é o rolhão mucoso e para que serve?

Tal como o nome indica é uma rolha feita de material gelatinoso, produzido por glândulas do colo do útero, que se destina a formar uma barreira protetora para o bebé e para as membranas que o envolvem.

Normalmente, está confinado a toda a extensão do colo do útero e ligado a muitos vasos sanguíneos. Sempre que o colo do útero sofre algum movimento mais brusco, como por exemplo uma contração, ou mesmo um toque vaginal, uma pequena porção desse rolhão poderá soltar-se. Momento esse em que um, ou mais vasos podem romper e tingir o rolhão com sangue. Além disso, ao longo do trajeto, (até sair), este irá escurecer e a grávida encontrará uma espécie de “ranhoca” acastanhada, ou raiada de sangue mais claro (sangue vivo).

Nenhuma destas situações é motivo para ir ao serviço de urgência obstétrica! Poderá aguardar, calmamente em casa, até as contrações aparecerem e ficarem ritmadas.

Rotura da bolsa de águas

Tal como a situação do rolhão mucoso, a rotura da bolsa de águas também não é um sinal de trabalho de parto! Mas, se acontecer, será altura de pensar ir até ao hospital/maternidade. Relembro que não é preciso ir a correr, muito menos chamar uma ambulância, via 112, para a transportar para o hospital. Poderá, calmamente, esperar pelo marido ou familiar que a leve até à maternidade.

Função do líquido amniótico:

O líquido amniótico encontra-se dentro da bolsa de águas e tem como função:

  • Permitir o crescimento do bebé;
  • Formar uma barreira protetora contra infeções;
  • Proteger o bebé dos choques mecânicos;
  • Ajudar a controlar a temperatura do bebé;
  • Permitir movimentos livres do bebé;
  • Impedir aderências entre o bebé e as membranas;
  • Permitir que o bebé cresça de forma simétrica.

Composição do líquido amniótico:

  • Água com minerais em suspensão;
  • Urina;
  • Lanugo;
  • Células epiteliais;
  • Vernix;
  • Células da pele;
  • Ocitocina;
  • Proteínas;
  • Vitaminas;
  • Enzimas;
  • pH 7.08-7.13.

É deglutido pelo bebé ao longo da gravidez e, no final, o volume deglutido é de cerca de 400 ml por dia. (Sendo que a água contida no líquido amniótico é renovada a cada 3 horas).

Posto isto e olhando para a composição do líquido amniótico, podemos afirmar que, apesar de dizermos rotura de bolsa de águas, o líquido amniótico não é só água. Reparem que depois de tantas semanas envolvido em líquido amniótico, ao nascer, o bebé não vem enrugado, como quando as nossas mãos estão muito tempo mergulhadas em água.

Quando ocorre a rotura da bolsa amniótica o líquido poderá ser de cor clara, com pequenos grumos brancos misturados, o que normalmente representa uma boa maturidade pulmonar. Ou, poderá ser de cor esverdeada, – algo que só acontece pela mistura das primeiras fezes do bebé, conhecidas como mecónio – significando, assim, que é necessária uma vigilância mais apertada.

Qualquer uma destas situações referidas implica a ida ao serviço de urgência. E, se por acaso se confirmar a rotura da bolsa de águas, terá de ficar internada. Por esse motivo, será melhor levar logo a mala da Mãe e do bebé.

Quando há dúvida que a bolsa de águas rompeu?

Muitas vezes a grávida perde líquido de cor clara/transparente e fica na dúvida se será a bolsa de águas rota, ou urina. Sim, pode ser urina, e é normal que no final da gravidez algumas grávidas se queixem de incontinência urinária. Quando isto acontece aparece a dúvida: “será urina ou liquido amniótico?!” Nada que, com muita calma, não se possa tentar perceber.

Vamos então fazer a chamada prova prática de distinção de fluídos. Ou seja, vá ao WC e tente urinar, de forma a ficar com a bexiga totalmente vazia. De seguida, seque muito bem toda a zona vaginal e vista uma cueca seca. Ande por casa, durante cerca de 30 minutos, fazendo alguns agachamentos, pequenos saltinhos, tossir várias vezes, subir e descer alguns degraus.

Passados 30 minutos vamos confirmar se a cuequinha se mantém seca, ou se está molhada. Se estiver molhada, quase de certeza que estamos perante uma rotura da bolsa de águas. Por esse motivo, será então altura de registar a hora e, calmamente, pegar nas malinhas e dar um saltinho ao serviço de urgência obstétrica. Relembro que não há qualquer motivo para ocupar a linha 112 (linha de emergência), nem solicitar uma ambulância! Poderá aguardar pelo marido, ou pedir a um familiar ou amigo que a leve ao hospital.
É verdade, e para ficar tranquila: o bebé não fica sem líquido amniótico ou seja não fica “seco”, nem em sofrimento pelo facto da bolsa de águas estar rota e sair muito ou pouco líquido.
O que vai acontecer se tiver a bolsa de águas rota?
Como já vimos, a rotura da bolsa de águas pode acontecer de duas formas diferentes. Aquela em que sai muito pouco líquido amniótico, ou até há dúvida se sai ou não, e que normalmente é classificada como rotura alta da bolsa de águas. E há aquela em que nem a grávida, nem ninguém tem qualquer dúvida que a bolsa de águas rompeu. Ou seja, a grávida fica toda molhada, quase como se tivesse feito xixi nas calças.

Agora é só pegar na mala do bebé, na mala da mãe e, calmamente, ir até ao serviço de urgência obstétrica. Se for confirmada a rotura da bolsa de águas ficará internada, como medida de segurança protocolada em todos os hospitais. Se tudo estiver bem e o líquido amniótico for de cor clara, irá aguardar cerca de 12 horas. Este tempo de espera existe para que se possa perceber se o corpo da grávida fará o seu trabalho da forma mais natural, ou seja, sem recurso a fármacos e com início das contrações. Não acontecendo assim, o mais natural é que lhe seja proposta a indução do parto com recurso a fármacos.

Resumindo, os sinais de trabalho de parto são:

  • O único sinal de verdadeiro trabalho de parto são as contrações ritmadas.
  • O segredo é saber esperar.
  • Esperar em casa apenas se:
    • Idade gestacional ≥ 37 semanas
    • Bolsa de águas intacta
    • Bebé posicionado de cabeça para baixo (apresentação cefálica)
  • Se for 1º Filho
    • Contrações de 3-3 minutos
    • Duração da contração com dor durante 60 segundos
    • Aguardar 1 hora em casa com estas condições
  • Se for 2º Filho (primeiro nasceu de parto vaginal)
    • Contrações de 5-5 minutos
    • Duração da contração com dor durante 60 segundos
    • Aguardar 1 hora em casa com estas condições
  • Se for 3º Filho ou mais (anteriores nasceram de parto vaginal)
    • Contrações de 10-10 minutos
    • Duração da contração com dor de 60 segundos
    • Aguardar 1 hora em casa com estas condições

Vai correr tudo bem!

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