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Bruno Rito

O 1º mês do meu novo filho

Nem acredito que já passou um mês! Parece que foi ontem e acreditem que não estou a brincar! Olhando para trás e pensando como tudo isto começou deixa-me quase sem palavras!

Numa das sessões de pós-parto (uma daquelas sessões em que se tenta recuperar algumas alterações da gravidez e dos vários erros alimentares que se comentem durante 40 semanas), fui desafiado a avançar com este projeto e, para verem como sou, levei quase 1 ano a planear esta gravidez e a garantir que todo o pré parto corria às mil maravilhas, quase que me apareceram estrias de tanta pressão!

É com muito orgulho que após um mês, nascido no Dia do Enfermeiro Parteiro, este bebé tem crescido saudável, tem-se alimentando bem e sim, até me tem dado algumas insónias (boas insónias entenda-se!). Este foi o 1º mês de licença, muita coisa nova, muita aprendizagem e acho que me tenho safado como um bom pai!

Diz-se que “É preciso uma aldeia para educar uma criança” e não é que aqui é quase a mesma coisa? Se não fosse esta aldeia de mais de 700 pessoas, esta criança não se desenvolvia desta forma. E, a partir de toda esta viagem, tenho mais um motivo de alegria enorme ao saber que arranjei mais uma forma de ajudar mais famílias a passar por esta etapa tão importante de forma mais tranquila!

Prometo-vos que vou continuar a fazer por ser um bom pai deste bebé e espero poder continuar a contar com esta “aldeia” para o seu saudável desenvolvimento!

Bem por agora é tudo,

Até já e obrigado por tudo!

Bruno Rito

Dicas

Missão: Sobreviver emocionalmente à entrada do bebé no berçário!

Há quem faça uma pré-inscrição, ainda no decorrer da gravidez, para assegurar vaga no berçário, há quem saiba até antes do bebé nascer qual o colégio que vai integrar, ou porque os próprios pais frequentaram ou porque familiares ou amigos conhecem e deram boas referências. Há quem consiga adiar por alguns meses, ou até anos essa entrada na escolinha e também há quem se sinta bastante perdido, cheio de dúvidas, quando chega a hora de escolher o berçário que vai acolher o seu bebé.

No meu caso, confesso, só me “caiu a ficha” de que teria de escolher uma escolinha para a minha filha a cerca de dois meses da sua entrada e aí senti-me um pouco assoberbada com a quantidade de questões que entretanto foram surgindo, com imensas dúvidas portanto.

Instituição de Solidariedade Social (IPSS) ou Colégio Privado?? As circunstâncias encarregaram-se de responder prontamente a esta primeira questão, visto que, no mês de março, na minha zona de residência, não tendo eu tratado da inscrição da bebé ainda durante a gravidez, foi impossível que ela entrasse em qualquer uma das IPSS. Normalmente, estas instituições têm períodos específicos no ano para efetuarmos a inscrição, se bem me recordo, mês de maio. Escolha feita (forçada): colégio privado.

Entretanto novas questões se foram levantando. Procurar colégio perto de casa, perto do local de trabalho dos pais ou perto da casa dos avós? Isto porque, no nosso caso, já sabíamos que iríamos precisar muito da ajuda dos avós para ir buscar a bebé. A zona geográfica também ficou escolhida, perto de casa dos avós e perto do meu local de trabalho.

O passo seguinte foi fazer uma busca na internet, de colégios com berçário, na zona escolhida, para se visitarem cerca de três ou quatro.

Outra questão que nos surgiu, entretanto foi o modelo pedagógico implementado no colégio. Pessoalmente, achava muito interessante que a minha filha integrasse uma escolinha com o modelo do Movimento da Escola Moderna (MEM) ou outro semelhante e fiz a busca tendo também este fator em consideração, mas optei por não colocar de parte os colégios com modelos educativos tradicionais.

Iniciei então as visitas aos colégios, preferindo fazê-las sem marcação e não é nenhum drama para estes sítios, porque estão habituadíssimos e abertos a que seja assim, desde que a nossa visita respeite as suas rotinas. Em todos os colégios que visitámos foi sempre realizada uma pequena reunião com os pais onde nos é explicada a dinâmica e onde há espaço para colocarmos as nossas questões.

Depois da escolha feita, chegou o “grande dia”, o primeiro dia de berçário da sua vida.

Quando o bebé entra para o berçário, passa por um período de adaptação que pode durar uma semana ou mais, ou até menos. Vai depender das características do bebé e da forma como vai reagindo nesses dias.

Desengane-se quem achar que esta adaptação é exclusiva do bebé, nós pais também precisamos desse tempo para nos adaptarmos a esta nova realidade, de pais que irão deixar de estar 24h por dia com o bebé. Só de pensar, pode parecer algo dramático e angustiante, dependendo de cada pessoa.

No meu caso, o primeiro dia de berçário da minha filha correu às mil maravilhas, não senti angústia na separação, a bebé também ficou bem-disposta e passada uma hora e meia, lá estava eu a tocar à campainha do colégio para a ir buscar, com um sentimento de dever cumprido. Mas este sentimento não durou muito tempo. A verdade é que, criei uma expectativa, errada claro, de que os próximos dias iriam ser igualmente fáceis como o primeiro, mas não foram. Nos dias seguintes, a bebé passou a ficar mais horas até ao dia que passou a ficar o dia completo e aí, a angústia de separação passou a existir, para mim como mãe, porque sinceramente, não notei que a bebé tão pequenina sofresse o que quer que fosse.

O meu sentimento era de ter havido um corte brusco com alguém que era o meu mundo e, como consequência, um sentimento de vazio enorme, e culpa talvez, medo. Não somos todos iguais e acredito que para algumas pessoas este processo seja bem mais tranquilo do que para outras, vai depender bastante se somos pessoas mais racionais ou mais emocionais; das nossas experiências pessoais, mas de qualquer das formas, o que tenho observado é que nesta situação específica, de deixar os filhos pela primeira vez num colégio, por vezes até a pessoa mais racional se deixa inundar pelo lado mais emocional e esta separação pode ser vivida com maior angústia.

Para os pais que não estão a trabalhar fora de casa ou ainda não voltaram ao ativo, é bastante comum que, depois de deixarem o bebé, possam ficar, nos primeiros dias de adaptação, sem vontade de voltar a casa sem o bebé, para além dos sentimentos comuns a quase todos os pais, de uma certa melancolia, alguma apatia, vontade de chorar, ansiedade, falta de vontade para realizar tarefas.

Os pais que já estão a trabalhar, para além dos sentimentos já descritos, poderão notar grandes dificuldades em se concentrarem, o que poderá prejudicar o desempenho, verificando-se mais erros e distrações, o que é natural, visto que o foco do pensamento estará no bem-estar do bebé, e na vivência de alguma angústia e tristeza.

Sem pretensiosismo, e apenas com a intenção de ajudar outros pais, irei fazer algumas sugestões de estratégias a adotar nesta fase, que funcionaram comigo e me ajudaram bastante a passá-la da forma mais saudável possível.

Para os pais que ainda estão em casa:

  • Sugiro que não descurem de um planeamento antecipado dos vossos dias, nesta altura, fazendo mesmo, o género de “horário escolar” com os vossos compromissos fixos (hora para refeições, trabalho, tarefas domésticas, etc) e com os adicionais (tomar café com amigos, ir às compras, fazer depilação, exercício físico, fazer um workshop, visita a familiar, p.e). Dou esta sugestão, porque na minha opinião, será muito importante que se mantenham ativos e que não se isolem, não deixem estes primeiros dias sem o vosso bebé ao acaso porque a tendência será sermos inundados por pensamentos mais negativos, tristeza o que consequentemente nos irá trazer falta de energia para fazer o que quer que seja. 

Para os pais que deixam os filhotes no berçário e seguem para o seu local de trabalho (para quem, muitas vezes, é difícil manter o pensamento longe do seu bebé)

  • Penso que será necessário um esforço adicional para manter o foco nas tarefas profissionais, o que irá ajudar a manter os pensamentos negativos afastados da nossa mente. 
  • Para quem tenha oportunidade e para quem goste, julgo que a prática de exercício físico será sempre uma excelente opção e poderá funcionar como estratégia, pois o foco estará em nós próprios e, à partida, não estará nas preocupações para com o bebé, assim como regulará a produção de hormonas que são muito favoráveis à saúde mental. 

A verdade é que, nos dias em que nos possamos sentir mais em baixo, os pensamentos negativos e/ou preocupações podem tornar-se um pouco mais complicadas de gerir e parecem não nos querer sair da cabeça de forma nenhuma. Neste caso sugiro irmos dando algumas respostas mentais às nossas dúvidas e tentarmos ser um pouco mais racionais naquele momento, por exemplo:

  • Pensarmos que, se o bebé não estivesse bem que já nos teriam ligado da escolinha; 
  • Que os bebés se adaptam facilmente às rotinas e que essas são bastante importantes no desenvolvimento do bebé, p.e. 

Também é bastante importante, irmos verbalizando o que andamos a sentir nesta fase: Podemos fazê-lo com o/a companheiro/a, com os nossos pais, amigos ou com o profissional de saúde que nos acompanha, como forma de evitar que aqueles pensamentos e sentimentos de maior tristeza, culpa, medo e até as dúvidas em relação ao bem-estar do bebé, persistam, catastrofizem e nos deixem cada vez mais preocupados e tristes.

Esta fase pode muito bem ser a altura em que, nós pais, podemos voltar a investir um pouco mais em nós como pessoas, mulheres e homens, como profissionais, visto que à partida, teremos maior disponibilidade de tempo em relação aos meses anteriores.

Quando nos dedicamos a algo em prol de nós próprios estaremos a anular a exclusividade do nosso foco para com o bebé, o que poderá ser bastante benéfico na forma como iremos vivenciar a separação diária do bebé e a falta de controle que iremos ter no que respeita à prestação dos seus cuidados, provavelmente irá tornar esta vivência mais tranquila e leve.

Gostaria também de salientar, e agora falo-vos como mãe e como profissional da área da saúde mental, a importância extrema de se procurar ajuda especializada, se notarem que o período de tristeza se prolonga no tempo ou se notarem que a intensidade da tristeza e/ou ansiedade está em níveis bastante elevados.

Não se esqueçam do papel importantíssimo da Educadora de Infância dos vossos filhos, não haverá ninguém melhor que ela para vos clarificar e desmistificar as dúvidas que vos vão surgindo acerca do dia a dia dos vossos filhos.

Desejo a todos os pais que passem por esta fase da melhor forma possível e aproveitando sempre o que de melhor os nossos filhos têm para nos dar.


Ana Sofia Andrade
Psicóloga na área educacional e clínica,

Perda Gestacional

Perda gestacional e os Primeiros Socorros Psicológicos

A perda gestacional é um tema que provavelmente não me veem abordar recorrentemente. No entanto, na minha opinião, é um tema tão importante como a preparação para o parto, o parto ou a recuperação pós parto. Ainda é tabu, é certo, mas tem que deixar de ser! Para o bem de quem passou por uma situação destas, mas também para quem não passou.

Infelizmente nem sempre corre tudo bem na vida e, por vezes, encaramos olhos nos olhos as perdas gestacionais. Doloroso e angustiante para quem cuida, mas (obviamente) ainda pior para quem as vive na primeira pessoa.

Na maioria das vezes uma perda gestacional não tem o apoio psicológico que deveria ter. Em Portugal, especificamente, os primeiros socorros psicológicos são uma escassez tanto para pais e família assim como para os cuidadores envolvidos no processo. Sim, numa altura destas em que não se encontram os apoios necessários, são os profissionais que estão com o casal naquele momento, médicos, enfermeiros, auxiliares e administrativos os seus pilares de apoio. Profissionais estes que, na maioria das vezes, não têm qualquer tipo de formação em primeiros socorros psicológicos.

O apoio a estes pais deveria ser algo “obrigatório” e considerado “urgente”, que permitisse ter uma equipa, ou alguém especializado, na prestação de primeiros socorros psicológicos, pois quanto mais precoce for a intervenção melhor serão os resultados na recuperação destas vítimas.

A verdade é que estes primeiros socorros simplesmente não existem, ou talvez exista uma espécie de imitação realizada por nós, profissionais de saúde ou ligados à saúde de alguma forma, que estamos na frente de batalha e que, mas será que prestamos estes cuidados da melhor forma? Também somos humanos, temos família, filhos, ou planeamos ter, assim como temos outras grávidas para auxiliar…E estes momentos também têm impacto em nós. Tudo o que diz respeito à perda gestacional está envolvido numa grande violência psicológica, disso não tenham dúvidas.

Posto isto, será que conseguimos dar resposta com qualidade de excelência? A nível técnico sim, de certeza. Pois o treino, na nossa formação, incide maioritariamente nesta vertente, a técnica, mas será que:

  • Temos competências suficientes para prestar cuidados técnicos em simultâneo com os primeiros socorros psicológicos?
  • Sabemos aplicar e o que são os Primeiros Socorros Psicológicos?
  • Compreendemos o conceito de Resiliência em toda a sua plenitude?
  • Sabemos fazer triagem e estabilização emocional básica de uma pessoa após um Evento Traumático como este?
  • Conhecemos todas as fases do processo de luto?
  • Sabemos como agir na comunicação de más noticias? 
  • Sabemos aplicar cuidados de autoajuda que poderão reduzir o risco de reações extremas de stress?

Infelizmente estas perdas acontecem e não escolhem hora, acontecem a meio da noite, ao fim de semana, ao domingo de manhã, mas normalmente quem reúne condições especializadas para ajudar estas emergências psicológicas não se encontra neste horário nem de chamada. Não é uma crítica aos poucos e quase escassos profissionais que o fazem, é apenas um facto, simplesmente não há.

Torna-se importante que nós, que estamos lá, possamos desenvolver competências nesta área de maneira a que, nas horas em que alguns quase dormem, nas horas em que alguns se divertem, os casais que recebem a notícia da perda gestacional a recebam com a garantia que terão o adequado apoio emocional, e que sejamos capazes de prestar os primeiros socorros psicológicos, sem receio de recorrer a algumas palavras menos adequadas para esta altura, fornecendo condições certas para que os pais possam gerir a sua perda da melhor forma.

São muito poucos os apoios que estas pessoas podem encontrar, que garantam a continuidade do processo de recuperação, pois não existe nenhum comprimido que se possa tomar e apague o vazio que ficou, será sempre um processo que demora o seu tempo, mas é importante que o façam sempre com acompanhamento. Por esse motivo deixo aqui dois sítios onde se pode obter algum acompanhamento:

· Associação Projeto Artémis
· Colos Vazios

Vamos fazer para que corra tudo bem!

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